Debate e Lançamento de Livro: 8/1: A rebelião dos manés, de Pedro Arantes, Fernando Frias e Maria Luiza Menezes.
A mesa com os autores ocorrerá dia 9 de setembro, às 17:30, na sala 3-4 do NAP (área sul, UFSCar).
Debate e Lançamento de Livro: 8/1: A rebelião dos manés, de Pedro Arantes, Fernando Frias e Maria Luiza Menezes.
A mesa com os autores ocorrerá dia 9 de setembro, às 17:30, na sala 3-4 do NAP (área sul, UFSCar). Organização: PPGAS e PPGFIL/ UFSCar
8/1: A rebelião dos manés é uma análise política da história do tempo presente que problematiza uma inversão decisiva nas lutas sociais do Brasil: por que a direita se tornou ativista e audaz enquanto a esquerda novamente está refém do realismo político e da gestão comportada do sistema? Ao investigarem os traços distintivos do ataque bolsonarista a Brasília em 8 de janeiro de 2023, os autores analisam como a extrema-direita incorporou os impulsos políticos, rebeldes e estéticos da esquerda, reconfigurando-os ao seu modo e em sentido golpista. Além disso, resgatam o imaginário social dos levantes populares, incluindo Junho de 2013, sondam as influências norte-americanas e dissecam o instrumental reacionário manifesto nos herdeiros da ditadura, em Olavo de Carvalho, no mbl, nos 300 do Brasil e no salvacionismo evangélico — todos combinados, fomentando a rebelião dos “manés”. À sombra deles, generais e o clã Bolsonaro disfarçavam malandramente a trama para a virada de mesa que ficou pela metade. Os autores empreendem não apenas uma análise da visualidade e do imaginário dos novos rebeldes, de suas tramas e desfaçatez política, como apontam caminhos ainda possíveis para uma esquerda que precisa retomar a imaginação coletiva, a crítica radical e a rebeldia insurgente afim de alterar o curso da história em favor dos despossuídos. Se não o fizer,a vanguarda reacionária seguirá ocupando as ruas, comandando os negócios e a vida política real, do Congresso às periferias — e o que será de nós?
Pedro Fiori Arantes é arquiteto e urbanista (fau-usp), professor de História da Arte na Unifesp, Campus Guarulhos. É autor de livros e artigos sobre movimentos sociais, arte e política, guerras culturais, direito à cidade, habitação popular e educação. Participa do coletivo usina que assessora projetos e obras de movimentos populares e é um dos coordenadores do Centro Sou_Ciência. Coordena um grupo de estudos e eletivas na graduação e pós-graduação sobre guerras culturais e arte e política.
Fernando Frias é graduado em História pela Universidade de São Paulo (fflch-usp) e licenciado pela Faculdade de Educação da usp. É mestrando em História da Arte pela eflch-Unifesp. Integra o grupo de pesquisa maar (Mídias, Artes, Afetos e Resistência), coordenado pela profa. Yanet Aguilera e o grupo de pesquisa e estudos em guerras culturais, coordenado pelo prof. Pedro Arantes (ambos na eflch-Unifesp).
Maria Luiza Meneses é graduanda em História da Arte (Unifesp). É responsável pelo projeto Pinacoteca Digital Mauá (2019–). Foi curadora das exposições Travessias do Moderno em Mauá (2022), Resíduos Mundanos (2023) e Pinacoteca de Mauá – 20 anos de arte, conexões e memória (2024), além de assistente da curadora Diane Lima na 35a Bienal de São Paulo (2022–2023).
Atua nos coletivos Rede Latino Americana de Estudantes de História da Arte (Redleha), Nacional Trovoa e Rede Graffi teiras Negras do Brasil.