Curso de Extensão – Departamento de Filosofia – Programa de Pós-Graduação em Filosofia - UFSCar

Título: La dispersión de la idiotez. Reflexiones sobre el lado oscuro de la inteligencia

Curso de Extensão – Departamento de Filosofia – Programa de Pós-Graduação em Filosofia - UFSCar

Coorganização dos Grupos de Pesquisa:

Des-Mutação: Vida, Ciência e Educação

NEPPOC - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Poesia e Cultura NEPPOC/CNPq-UFSCar

Coorganização dos Programas de Pós-Graduação em Linguística e em Educação da UFSCar.

Público alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e público em geral.

Título: La dispersión de la idiotez. Reflexiones sobre el lado oscuro de la inteligencia

Ministrante: Axel Cherniavsky (UBA – CONICET – CIF/INEO)

INSCRIÇÕES:

De 8 a 18 de novembro, via formulário: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScq8X7MzbYJbkOeuAcR6s0wW4B3OpElHItTzC7zsIDwRkCYrw/viewform?usp=sf_link

Local: Auditório Luís Nascimento – prédio do Departamento de Filosofia/UFSCar.

Datas: 21, 22, 23 e 24 de novembro, das 16:00 às 18:00 h

Datas (com título de cada sessão):

21/11 - La imagen clásica de la idiotez
22/11 - La idiotez más allá de la inteligencia
23/11 - La idiotez positiva
24/11 - Valor de la idiotez

Resumen

Hacemos idioteces, decimos idioteces y, sobre todo, señalamos y sancionamos idioteces. La definición de la idiotez, sin embargo, dista de ser una evidencia. ¿Concierne a la inteligencia, a la voluntad o alguna otra facultad? ¿Es patrimonio del ser humano o los animales también pueden ser idiotas? ¿En qué se distingue de la tontería o de la estupidez? ¿Nuestra lengua dispone de muchos términos para designar el mismo fenómeno o existen distintos fenómenos con distintos nombres? Este último problema se agrava cuando además tomamos en cuenta términos de otras lenguas propiamente intraducibles, como bêtise en francés, o Dummheit en alemán. Y la bibliografía especializada no ayuda: la idiotez fue considerada por la psiquiatría como la forma más severa de locura pero por la filosofía como una condición para acceder a la verdad y para crear nuevos conceptos. ¿Qué es entonces la idiotez?

Para responder esta pregunta, vamos a partir de lo que denominaríamos una imagen clásica de la idiotez que, lejos de limitarse a una época o reducirse a una disciplina, recorre y atraviesa
muchas. Esta imagen define a la idiotez en general como una deficiencia intelectual. Luego de presentar esta imagen de forma detallada, vamos a realizar su crítica, recurriendo sobre todo a los tres mayores cuerpos bibliográficos que abordan la cuestión: el de la psiquiatría que comienza con Pinel y que paulatinamente abandona el cuadro de la idiotez hasta sustituirlo con el de la discapacidad intelectual; el de aquellas filosofías que encuentran en el personaje del idiota su instancia de enunciación, a saber, la de Nicolás de Cusa, la de Descartes y la de Gilles Deleuze; el de las obras literarias en donde el idiota tiene un rol protagónico, como Bouvard y Pécuchet de Flaubert, El idiota de Dostoievski o El ruido y la furia de Conrad. Gracias a ellas, pero también gracias a ejemplos tomados de la cultura popular, de películas y leyendas, observaremos que la idiotez (1) no puede reducirse a una falla o inconveniente de orden intelectual –sea estructural o un mero desliz–, (2) que de hecho no siempre consiste en una falta o privación, sino a veces en un exceso o abuso, y finalmente (3) que la idiotez ni siquiera es necesariamente mala, el contenido de un insulto o el criterio de un juicio de valor negativo.
En el fondo, la inmensa variedad de formas que adopta la idiotez nos conducirá a sostener que es propiamente indefinible. Sin embargo, esta conclusión no debe desalentarnos, porque a la definición de corte semántico es posible sustituir una descripción de corte pragmático que, asumiendo el carácter indefinible de la idiotez, se avoque a revelar cómo funciona el concepto. No definir la idiotez no es no decir nada sobre ella. Muy al contrario, su descripción mostrará que la idiotez consiste en un concepto diverso, incluso contradictorio, masivo, ambivalente, opaco, compacto y escurridizo. Así, estas reflexiones dedicadas a un objeto tan preciso y particular no dejarán de permitirnos meditar sobre la fragilidad y la inestabilidad de nuestros conceptos en general, y sobre la porosidad de sus límites.

Resumo em português:

O que é a idiotia? Para responder a essa pergunta, vamos partir do que chamaríamos de uma imagem clássica da idiotice que, longe de se limitar a uma época ou ser reduzida a uma disciplina, atravessa e percorre muitas. Essa imagem define a idiotia em geral como uma deficiência intelectual. Depois de apresentar essa imagem em detalhes, vamos criticá-la, recorrendo especialmente aos três principais corpos bibliográficos que tratam da questão: o da psiquiatria, que começa com Pinel e que gradualmente abandona a imagem da idiotia e a substitui pela da deficiência intelectual; o das filosofias que encontram no personagem do idiota sua instância de enunciação, a saber, as de Nicolas de Cusa, Descartes e Gilles Deleuze; o das obras literárias em que o personagem do idiota é usado como instância de enunciação, a saber, a de Nicolas de Cusa, a de Descartes e a de Gilles Deleuze; a de obras literárias em que o idiota desempenha um papel de destaque, como Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, O Idiota, de Dostoiévski, ou O Som e a Fúria, de Conrad. Graças a elas, mas também graças a exemplos tirados da cultura popular, de filmes e lendas, observaremos que a idiotice (1) não pode ser reduzida a uma falha ou inconveniência intelectual - seja ela estrutural ou um mero deslize -, (2) que, na verdade, ela nem sempre consiste em falta ou privação, mas às vezes em excesso ou abuso e, finalmente, (3) que a idiotice não é nem mesmo necessariamente ruim, o conteúdo de um insulto ou o critério de um julgamento de valor negativo.

Basicamente, a imensa variedade de formas que a idiotira assume nos levará a afirmar que ela é propriamente indefinível. No entanto, essa conclusão não deve nos desanimar, pois uma definição semântica pode ser substituída por uma descrição pragmática que, assumindo a natureza indefinível da idiotice, se compromete a revelar como o conceito funciona. Não definir a idiotia não significa não dizer nada sobre ela. Pelo contrário, sua descrição mostrará que ela consiste em um conceito diverso, até mesmo contraditório, massivo, ambivalente, opaco, compacto e elusivo. Assim, essas reflexões dedicadas a um objeto tão preciso e particular não deixarão de nos permitir meditar sobre a fragilidade e a instabilidade de nossos conceitos em geral e sobre a porosidade de seus limites.

OBSERVAÇÕES
- Carga horária total do curso: 10 h
- Certificação por dia de participação, como ouvinte de conferência
- Certificação do curso total a partir da frequência de 75%
- O curso integra parte da Disciplina de Pós-Graduação DIP-051 - Tópicos em Filosofia, Linguagem e Educação (Tema: La dispersión de la idiotez. Reflexiones sobre el lado oscuro de la inteligência) – Programas de Pós-Graduação em Filosofia, em Linguística e em Educação da UFSCar.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Profa. Débora Morato
Contato: deboramp@ufscar.br